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Iluminismo ou Iluminismos? A ideologia da razão nas escolas brasileiras

  • Hugo Neto
  • 16 de mar. de 2017
  • 2 min de leitura

Iluminismo foi um movimento tão variado e vasto com tantos países e pensadores de visões e formas de pensar diferentes que devemos questionar o termo singular. Infelizmente na nossa triste realidade da educação brasileiras tendemos a associar o movimento como um todo ao movimento francês, extremamente associada ao uso da ideologia da razão e no entanto os movimentos na Inglaterra e EUA (para ficar nos principais) voltados respectivamente para uma sociologia da virtude e uma politica da liberdade acabam ficando de lado isso sem contar no russo, alemão, escocês, que muitas vezes nem se quer são lembrados.

Os philosophes franceses buscavam (de uma certa forma ate hostil) a liberdade tanto política quanto religiosa e utilizavam da razão como meio para isso. Em nome da razão que Voltaire lançou sua declaração de guerra contra a igreja “esmague a infame” e Diderot propôs enforcar o ultimo rei nas tripas do ultimo padre. Vale lembrar que esse pensamento não era hegemônico nem se quer na própria França, certamente não se aplicava a Rousseau e Montesquieu. Na Inglaterra e nos EUA a razão não teve um papel de elevada importância e não tinham a religião como inimigo supremo.

Para finalizar, acredito que o fato desse predomínio francês tem haver com o fato da nossa educação ter bases bastante fortes no pais franco, mas qual seria o problem

a de termos uma visão relativamente francesa? O problema e você olhar os outros iluminismos com o olhar/luz da experiência francesa e acabar tratando a revolução Americana como um preludio da revolução Francesa, mas de uma forma menor como se fosse uma grande preparação ou, acabar colocando a revolução Gloriosa como uma contrarrevolução ou alguns aspectos do iluminismo inglês como o de E. Burke como anti-iluminista. Devemos perceber as distinções e as singularidades de cada movimento, é óbvio que acabaram se influenciando de alguma forma, mas devemos lembrar que existiam outros fatores além de um pais influenciar o outro.

Kant fez a seguinte pergunta: “vivemos em uma era esclarecida?” Resposta: “Não mas vivemos em uma era de esclarecimento.”.

Sobre iluminismo inglês e norte americano recomendo Teoria dos Sentimentos Morais de Adam Smith e O Federalista A. Hamilton, J. Madison e J. Jay.

 
 
 

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Opinião

A quem pertence a ideia?

                               (Júnior Silva)

Por que uma pessoa que toma marxismo como referência de construção de ideias se auto intitula marxista? Mesmo ela e quem a escuta percebendo que suas ideias não são adaptações, são de fato mais que isso, são outras ideias, um compilado, uma síntese, o seja lá o que for. A questão é, quem determina o que de fato é a evolução do pensamento de um pensador que já morreu? Porque o apego a nomenclaturas de maneira excessiva?

Quando leio  Zizek, o vejo como alguém que tem uma nova percepção, mas sempre devendo a Marx, não como influencia, mas se dizendo comunista.

Não falo de você negar a palavra enquanto símbolo, até porque isso seria meio louco, já que ela é também responsável pelas nossas iterações com o real.

Pergunto, quem de fato pode se dizer proprietário de uma ideia? Tudo que o homem observa e uma interpretação da realidade a sua volta e tenta expressar isso através de palavras, mas como sabemos, as palavras são limitadas pra abarcar toda a realidade, e possuem um defeito na suas entranhas, a palavra está em inercia enquanto o mundo está em movimento. Oque também é obvio se pararmos para pensar um pouco, as ideias, as teses são conglomerados de palavras buscando abocanhar uma parte maior da realidade, quando o pensador morre ele não confronta mais a realidade, porque morreu, então o que garante e me dá direito a minha interpretação e evolução desse pensamento? Se alguém deixa um livro escrito, e eu leio, vou ter uma interpretação do que esse alguém escreveu, mas a interpretação em si já carrega outros elementos que talvez nunca tenham passado pela sua cabeça do autor.

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